Tudo começa com a escolha ou pela imposição dos materiais disponíveis (embalagens plásticas, papel e outros): deixo as minhas mãos percorrer a forma (suporte) e desta liberdade qualquer coisa aparece; não modelo com a ideia de fazer um animal ou um objecto específico mas rendo-me ao abandono e tudo toma forma pouco a pouco. Tudo funciona como se fosse um jogo das formas da natureza: nuvens, pedras, árvores, etc. Cada um, nesse jogo, procura ver uma forma identificadora - um descobre uma cabeça, um peixe, etc - porque a imaginação é um excelente veículo para a fruição e produção de objectos artísticos.
O meu objectivo é que o produto conseguido, agora exposto publicamente, possa apelar à criatividade e a uma forma nova de olhar para a realidade porque toca os mais diversos domínios: ecológicos, ambiental, terapêutico, emocional...
Parece não haver dúvidas (eu pelo menos não as tenho) que nenhum material é artístico de forma inata; só se transforma em objecto artístico graças à intervenção do artista e à interpretação do observador.
De acordo?
Sem comentários:
Enviar um comentário